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Chazeiras promete elevar o nível de produção de chá na Zambézia

Data: 15/02/2018
Chazeiras promete elevar o nível de produção de chá na Zambézia

A Chazeiras de Moçambique, empresa proeminente na actividade de chá no país, está a prever elevar os seus níveis de produção no país.

Há projecções que apontam que a firma alcançará, este ano, um total de 1.300 toneladas, representando um incremento em relação ao período compreendido entre 2016 e 2017, cuja cifra não foi para além de 1.200 toneladas.

Com efeito, a empresa definiu projecções ambiciosas também nas suas exportações, que das anteriores 1.278 toneladas, em 2017, atingirá um total de 1.350 toneladas na presente safra.
Assim, tal como indicou Almeida Lee, representante da Chazeiras de Moçambique, em contacto com o “Diário de Moçambique”, a previsão da receita proporcionada pelas exportações atingirá 1.830 mil dólares norte-americanos em 2018, o que pressupõe um aumento em relação ao ano transacto.
Em 2017, o valor de receita gerada pelas exportações de chá proveniente daquela indústria chazeira implantada na província central da Zambézia, situou-se em 1.638 mil dólares.
Aliás, o representante desta unidade de produção de chá salientou que a evolução de receitas neste sector de actividade depende do comportamento do câmbio. Tal encontra alguma explicação por tratar-se de uma cultura cujos níveis de consumo dependem sobremaneira dos mercados de exportação.
“O nível de receitas em USD é variável na ordem de cerca de 5 a 10 por cento e o câmbio do dólar em relação ao metical também joga um papel importante na estabilidade das empresas produtoras de chá, atendendo aos custos de produção que na sua maioria são em meticais”, referiu.
Anteriormente desiludida com o comportamento de mercados domésticos, a Chazeiras de Moçambique diz que já começa a ficar entusiasmada com a reacção de consumidores ao nível nacional, mas não avançou detalhes em torno dos níveis de consumo.
“A demanda do consumo de chá no mercado doméstico e no mercado internacional é crescente de ano para ano. Para o ano de 2018, prevê-se um incremento nos preços do chá a nível internacional na ordem de 10 a 15 por cento devido à baixa de produção nos países que se evidenciam como grandes produtores de chá, designadamente Índia e Quénia”, assinalou, Lee.
Não obstante esta tendência favorável, não há expectativa para expansão das actividades de cultivo, nem na componente de processamento industrial. Um eventual plano nessa perspectiva, conforme admitiu a fonte daquela empresa, depende da situação da moeda nacional, sobretudo em relação ao dólar.

“A área de produção de chá é estacionária, não há previsão a curto prazo de grande expansão e, obviamente, também o processamento industrial. Se o comportamento do câmbio do dólar em relação ao metical se mantiver estável com tendência de valorização a médio prazo pode suscitar ambição de aumento das áreas de cultivo e, consequentemente, aumento das capacidades industriais de processamento”, admitiu.

A Chazeiras de Moçambique, uma das poucas empresas que conseguem sobreviver na área de cultivo, processamento e comercialização do chá em Moçambique, reduziu o seu grau de intervenção no sector.

Anteriormente operando em vários distritos, nomeadamente Gurué, Ile, Lugela e Milange, na província da Zambézia, actualmente restringe as suas actividades de exploração do potencial agro-ecológico apenas em Gurué.

Fonte: (RM-DM)