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Filipe Nyusi visita pessoas afectadas pelas cheias e ciclones na Zambézia e Sofala

Data: 23/03/2019
Filipe Nyusi visita pessoas afectadas pelas cheias e ciclones na Zambézia e Sofala

O Presidente da República escalou o Aeródromo da Cidade de Quelimane, vindo da Província de Sofala, no âmbito da solidariedade para com as vítimas do Ciclone IDAI e de Cheias na emergência 2019 cujo alerta vermelho para zona Centro do País por ele já tinha sido activado.

Momentos após à sua chegada disse aos órgãos de Comunicação Social que na sua digressão a Província da Zambézia vai visitar os distritos de Chinde, Namacurra e Maganja da Costa incluindo outras zonas.

"Contudo, a Província de Sofala está muito mal. Aquilo que pensávamos é muito mais do que vimos agora. No dia 14 entrou o ciclone que tinha uma velocidade acima de 200 quilómetros mais veloz do que um carro não existe carro que corre daquela maneira que o ciclone corria.

Na altura, eu estava a viajar para o Reino de Insuatine, ex Suazilândia, porque não deu para ir porque só hoje é que o Aeroporto abriu e não podia entrar nenhum avião.

Para quem conhece a cidade da Beira, as árvores caíram todas. Grande parte das casas das pessoas, armazéns. Lojas, escolas, voaram. Os nossos irmãos da cidade da Beira estão numa situação muito difícil onde as casas dos Bairros estão dentro de água e estão a ficar nos Centros de Reassentamento e precisamos de dar mais comida, água e medicamentos.

Não ficamos convencidos que o pior está na cidade, saímos um pouco e passamos por Tica e as aldeias de Tica estão na água, também aquela zona de Nhamatanda, quem conhece a estrada de Nhamatanda a Dondo parece que foi posta em cima de água e há pessoas ainda em cima das casas que já caíram ou em cima do capim.

Mobilizamos apoios, pedimos os nossos amigos, temos meios, uns estão a chegar agora estão no Maputo, também temos pessoas voluntárias que vieram mas outros podem perguntar porque vêem pessoas de fora?

É porque eles sabem fazer aquele tipo de trabalho, são apoios que os amigos estão a dar-nos para ver se conseguimos tirar estas pessoas que não sabemos há quanto tempo estão lá.

A estrada nova que se chama mil seis que sai da Beira para Machpanda também tem troços cortados pelo menos aqueles que vi são mais de quatro porque as águas destas cheias estão e a ser mais violentas.

Agora resta saber se o problema é só de ciclone ou alguma barragem ou chuvas estão a vir de outro lado inundar porque por si só o ciclone não é capaz de inundar com aquela quantidade de água.

Instruímos os técnicos para sobrevoarem para descobrir de onde vem a água para compreendermos um pouco enquanto outro grupo de técnicos está a trabalhar para socorrer as pessoas".

Fonte: Ics