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Primeiro-ministro escala o Distrito de Chinde no âmbito da emergência 2019

Data: 31/01/2019
Primeiro-ministro escala o Distrito de Chinde no âmbito da emergência 2019

Agostinho do Rosário visita o Distrito de Chinde para aferir o nível do impacto e a capacidade de resposta às destruições causadas pelas chuvas acompanhadas de ventos fortes e descargas atmosféricas que causaram três óbitos, inundações de campos de produção agrícola para além de destruições de habitações, antecedido do Director Regional Centro do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Gabriel Belém Monteiro, presente uma semana antes com o objectivo de ver "in loco" para apoiar as pessoas afectadas.

Entrevistado momentos após a chegada, Do Rosário disse e citamos, "Viemos para Chinde porque soubemos que Chinde e Mopeia foram os Distritos assolados pela tempestade que passou agora e depois de termos visto Beira achamos por bem também passar por aqui para também dar força a esta população da Zambézia.

E verificamos que afinal Chinde em comparação com Beira, os estragos não foram grandes mas cerca de 150 famílias estão afectadas, o número é gerável e está à altura das autoridades da gestão de calamidades e autoridades locais do Distrito que estão a trabalhar.

Tiveram dificuldades de acesso para cerca de 40 famílias mas eles prometem que entre hoje e amanhã possam chegar à esses locais e dar assistência à essas famílias, em abrigo, saúde e bens alimentares porque o problema estrutural que Chinde tem são as vias de acesso e é sobre este problema que nós temos que trabalhar.

Uma vez encontrada a solução para o problema de acesso ao Distrito de Chinde, significa meia solução para as questões de Chinde, que são os abastecimentos em alimentos, medicamentos, sementes e da produção que se pode tirar daqui para Quelimane.

Sejamos sensíveis aos esforços que estão a ser feitos aqui na Província e também centrais e vamos revisitar esses esforços do nível central para afinal de contas ver o que é que mais podemos fazer pra que esse problema seja resolvido.

Outro problema crónico é o da erosão, vimos que a cidade está cada vez mais a ser afectada pelas águas do mar, este é o Chinde3 e as águas estão cada vez mais a vir para cima, então alguma coisa tem que ser feita para estancar este problema mas é um problema de erosão, ele requere avultados custos.

Vimos também um poste de abastecimento da energia que está a cair portanto vamos ter que assegurar as normas de abastecimento de energia.

Os problemas crónicos sobre os quais os esforços têm que ser centrados, são a erosão, o acesso e a emergência da corrente eléctrica.

Outras são soluções de médio e longo prazo como este da erosão mas há os de solução imediata, como este da energia, em que a Electricidade de Moçambique, (EDM) vai intervir e vão requerer parcerias entre nós, privados e parceiros.

Por exemplo, está aqui uma açucareira de Marromeu, está aí uma empresa de minas que também vão ser chamadas, a fazer parcerias connosco, aliás, já começaram a fazer alguma coisa neste sentido." – Concluiu Primeiro-ministro.         

Por sua vez, o Governador da Zambézia, Abdul Razak Noormahoed disse "as medidas que devem ser tomadas para minimizar a situação da emergência que habitualmente temos nos meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro a Março, com base no plano de contingência, temos trabalhado para fazer face à esta situação.

A nossa estratégia principal é criar condições previamente, nos locais que nós sabemos que são de maior risco para terem algum equipamento e material para quites de apoio, foi o que nós fizemos.

Demos instruções e sabemos que aconteceu no campo da saúde e educação que criássemos as condições para que não houvesse falta de medicamentos, em certas zonas que sabemos que são de risco e de problemas de acessibilidade, medicamentos para doenças diarreicas e malária.

E no caso da educação, fazer a distribuição do livro escolar antes do início das aulas para aproveitarmos portanto a época em que não temos dificuldades de acesso para não prejudicar o início das aulas.

O segundo aspecto é que tínhamos algum material para apoio imediato, em termos de tendas, alimentação, quites para família, mantas, esteiras e foi o que foi feito mas naturalmente não é satisfatório.

Normalmente, temos trabalhado para que nos locais onde as pessoas são temporariamente acomodadas tenham assistência medica, é o que está a acontecer, disponibilidade de água e seu tratamento que é disponibilizado.

Também os locais onde as pessoas são temporariamente acomodadas tenham locais de deposição de lixo e latrina mas o grande problema é que todo esse equipamento e material, nunca é suficiente.

Nós temos que ter sempre mais tendas, mais quites de abrigo, de utensílios domésticos, de ferramentas, mais quites escolas, disponíveis na Província para socorro.

Um dos grandes constrangimentos é que temos mas não é suficiente e segundo aspecto é que para podermos dar resposta imediata, como é o caso de Chinde, é o problema de acesso em que actualmente, nem o barco está disponível, nem o batelão que agora estava em reparação estão disponíveis para podermos ter acesso fácil para transportar equipamento de maior quantidade, os barcos que nós temos disponíveis não permitem isto.

Nós socorremo-nos do batelão da empresa açucareira de Marromeu, temos tido o seu apoio mas temos taxas suplementares em que temos que pagar o seu abastecimento em combustível para transportar material de Mopeia e Luabo para cá utilizando o batelão de açucareira de Luabo. Não falamos o problema das estradas mas é sério, ao nível da Província da Zambézia."

O Director Regional Centro, Gabriel Belém Monteiro que esteve uma semana antes tendo reunido com os membros do Centro Operativo da Emergência, COE Provincial e dos Comités Locais de Gestão de Risco, visitou pessoas afectadas nas Localidades de Mucuandaia, povoado de rio Maria, Matilde1,2, Mexixine e Chacuma, no Posto Administrativo de Chinde Sede cujas casas caíram em consequência da tempestade e inundações onde as tendas foram instaladas segundo relatório do INGC em Chinde.

Gabriel Belém Monteiro e sua comitiva disponibilizaram apoio as pessoas afectadas e necessitadas em material constituído por tendas, lonas, quites ferramentas, alimentares e de higiene incluindo mantas, botas, utensílios domésticos entre outros ensinando a construírem os referidos abrigos.

Em diversos encontros realizados após as visitas às populações, Belém Monteiro e sua comitiva sensibilizaram as populações a mudarem para locais seguros melhorarem as formas de construção de suas habitações deixando exclusivamente para actividades produtivas os de risco de cheias e inundações onde residem actualmente.

A saúde está treinar activistas na preparação de cloro para o tratamento de água, representante da educação referiu que a maior parte de salas de aulas destruídas é de material misto que neste momento estão em processo de conclusão cujas chapas recolhidas e guardadas para serem usadas de modo a garantirem o início do ano lectivo.

Refira-se que na ocasião, Do Rosário disse que não gostou o estado de sujidade em que a Vila Sede do Distrito de Chinde se apresentava e recomendou ao Administrador Distrital, Pedro Vírgula a inverter o cenário dentro cinco dias contados a partir da Sessão do Governo Distrital por ele orientada, no dia 27 de Janeiro do ano 2019.

Fonte: Ics