Recursos Florestais e Faunísticos

Data: 22/11/2017
Recursos Florestais e Faunísticos

A cobertura vegetal do Distrito de Mocuba é constituída fundamentalmente por savana tropical arbustiva com surgimento de algumas zonas com componentes arbóreas de grande valor económicas e exóticas, sendo as mais destacadas: umbila, chanfuta, pau-rosa, jambirre, pau-preto, umbaua, monzo, mukarala, nakhwata e murotho.

As florestas têm maior representatividade nas terras altas e planalto do interior. A savana circunda a floresta, terminando em savana herbácea com condições propícias para a existência de duas áreas florestais: Uma das faixas sul oriental do Distrito, no limite com Morrumbala e Namacurra, outra localizada ao nordeste do Distrito, encontrando-se neste momento explorada por vários operadores económicos.

Mocuba possui um potencial faunístico, composto por variedade tipos de espécies de animais tais como:

  • Chango, javalis, hipopótamos, crocodilos, leões, gazelas, coelhos, macacos e uma gama de diferentes aves (cangas, perdizes, rolas, gaivotas, toutinegras, águias, cegonhas, corvos, mochos, cucos, abutres, ngogos, xiricos).

Devido aos efeitos nefastos da guerra da última década e da actual exploração desenfreada da floresta nativa, a maioria dos animais de grande porte foi dizimada, razão pela qual já não se encontram elefantes, rinocerontes, búfalos e bois cavalos.

A topografia do relevo é propensa a ocorrência de certos problemas ambientais que conjugados com a acção antropogénica tem estado a contribuir para a degradação do meio ambiente do Distrito, com maior ênfase nos declives.

Os problemas ambientais, de proporções consideráveis, com que o Distrito de Mocuba se confronta são a erosão pluvial que afecta as zonas de declive acentuado, como são os casos da cidade de Mocuba, N’temue, Namanjavira-sede e Murotone.

A estiagem prolongada está a reduzir a massa verde de consideráveis zonas, anteriormente produtivas, como são os casos de Munhiba, Soroco, Mucharru, Caiave e Murotone.

Aliado aos fenómenos naturais que produzem impacto negativo no ambiente, o Distrito confronta-se com o problema de desmatamento, praticado pelos operadores florestais, que abatem as florestas para a comercialização de madeira em toros, bem como os singulares para a produção de carvão e lenha.

Ainda a situação tem sido agudizada com as queimadas descontroladas que deixam nuas extensas áreas, incluindo as produtivas no período seco. Estas queimadas são, em parte, praticadas devido a fraca incorporação de tecnologias de produção agrícola, bem como para a caça.