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Governo da Zambézia vai aplicar medidas preventivas para por termo aos naufrágios do rio Chipaca

Data: 06/02/2018
Governo da Zambézia vai aplicar medidas preventivas para por termo aos naufrágios do rio Chipaca

O Governador da Zambézia, Abdul Razak tornou público este posicionamento do seu Executivo, na conferência de imprensa concedida aos órgãos de comunicação social sedeados na cidade de Quelimane, no dia 06 de Fevereiro de 2018, na sala de reuniões do seu Gabinete.

Abdul Razak referiu na ocasião que as medidas incluem a criação de um desvio alternativo para o acesso ao Posto Administrativo de Madal ate o cruzamento da Estrada Quelimane/Zalala e a mobilização da população com o apoio da comunicação social sobre o perigo do exercício de actividade de transportes não licenciados pela sua vulnerabilidade em acidentes de naufrágios de embarcações, no rio Chipaca.

" Fundamentalmente queremos falar do acidente que ocorreu junto a ponte sobre o rio Chipaca. Já no ano passado aconteceu o mesmo tipo de acidente e queremos transmitir as nossas palavras de conforto aos familiares. Lamentamos muito pelas mortes porque isto causa muita dor.

O que nós estamos a fazer além de tentar encontrar fundos que são elevados, estamos numa situação que não é fácil.

Temos uma alternativa para a estrada de Chipaca que vai do Madal até ao cruzamento da Estrada Quelimane/Zalala onde existe uma alternativa para pelo menos as pessoas virem em terra firme e chegar a Quelimane.

Segundo continuarmos a trabalhar mas não é só responsabilidade do Governo, continuar a trabalhar com a Administração Marítima, com o Município, com o Governo do Distrito de Quelimane e todas as forças vivas incluindo a comunicação social para sensibilizar as populações para evitar muitas vezes serem transportadas em barcos que não têm condições.

Acontece que aquele rio está numa zona que tem sofrido grande erosão, provocada por marés.

Nos anos 80, a ponte inicial já tinha cerca de 27 metros. E devido a erosão provocada pelas marés muito vivas com uma pressão muito forte, então têm provocado uma erosão naquela zona.

Mas também há erosão provocada pela mão humana, por meio de mangais que andamos a destruir junto às margens e também aquilo que é a capacidade de carga,

Então, aquela ponte tem tido um desgaste muito grande. Como eu disse tinha 27 metros inicialmente, passou para 54 metros em 2013 e em 2017 passou para cerca de 90 metros de cumprimento por causa da erosão.

Nós temos que acrescentar sempre uma parte metálica que em geral naquela zona nunca pode ter mais que 60 metros. E vimos que a ponte desabou, junto ao município decidimos remover a ponte por causa dos danos que poderia causar mais tarde, isto é um aspecto. 

O segundo aspecto é que nós temos tido muitos transportadores que não são licenciados, não têm condições e transportam carga e pessoas em grande número, foi o que aconteceu desta vez. Era um barco relactivamente pequeno mas tinha muita carga, cerca de 16 passageiros mais a carga e isto tudo como que o barco tivesse o mínimo de condições de segurança que também não existem como salva-vidas e também não era licenciado.

E tem havido casos de barcos que não são licenciados e também transportam pessoas e bens em condições que não são os ideais para segurança e provocam estas tragédias e foi este caso que tivemos agora no dia 02 de Janeiro.

Então, o que ê que nós podemos fazer para poder reparar a ponte sobre o rio Chipaca? Tivemos como dissemos vários encontros com o conselho municipal, já explicamos tecnicamente qual é o problema, já falei da erosão que esta a aumentar as margens em mais de 90 metros e agora tem que ser uma ponte de outro tipo e não metálica. A nossa Administração Nacional de Estradas, ANE completou o projecto ontem e fez um estudo para saber tecnicamente e a impressão inicial é que devemos ter uma ponte definitiva.

E chegou a conclusão que não existe uma rocha dura perto há mais de 70 metros e sob ponto de vista técnico não vai ser fácil construir uma ponte lá e vai ser muito honerosa.

Nós calculamos em cerca de 340 milhões de meticais para construir uma ponte sobre o rio Chipaca. 

E como devem saber, nós estamos a tentar encontrar pessoas para construir não só esta mas também as pontes destruídas em 2015.

Há uma grande ponte que foi destruída e está a criar dificuldades à população que vai do cruzamento de Malei ao distrito de Maganja da Costa.

Agora, todos nós temos que andar mais cem quilómetros para chegar à Maganja da Costa. A ponte de Maganja da Costa é uma prioridade e há muitas pontes que foram destruídas em 2015.

Só para lembrar em 2015 tivemos 70 pontes destruídas e cerca de 20 aquedutos foram destruídos em alguns Distritos.

Estamos a tentar encontrar fundos adicionais para tentar reparar todas estas pontes.

A ponte de Malei custa cerca de 4 biliões de meticais (mil milhões de meticais). E estas de chipaca, as primeiras informações que tivemos eram de 340 milhões de meticais. Felizmente já tínhamos financiamento para aquelas pontes da estrada que vai d Mocuba até Alto Molócue. Duas pontes e três aquedutos. Portanto, esta é que é a situação.

O que nós estamos a fazer além de tentar encontrar fundos que são elevados, estamos numa situação que não é fácil.

Temos uma alternativa para a estrada de Chipaca que vai do Madal até ao cruzamento da Estrada Quelimane/Zalala.

Existe uma alternativa para pelo menos virem em terra firme e chegar a Quelimane

Segundo continuarmos a trabalhar mas não é só responsabilidade do Governo, continuar a trabalhar com a Administração Marítima, com o Município, com o Governo do Distrito de Quelimane e todas as forças vivas incluindo a comunicação social para sensibilizar as populações para evitar muitas vezes serem transportadas em barcos que não têm condições.

Sei que as vezes as necessidades são muito grandes, são tremendas mas temos que ter um bocado de cuidado com a nossa vida.

Então, continuarmos a trabalhar para sensibilizar e também tomar medidas em termos de fiscalização para a todo o custo poder tomar medidas de penalização para aqueles que estão a transportar pessoas sem condições.

E vamos continuar a trabalhar nesta perspectiva de fiscalização e sensibilização para que situacoes destas não aconteçam.

A fiscalização nos tem mas então o que aconteceu desta vez? É que a fiscalização também não é fácil. Também a capacidade de fiscalização é limitada, o território é grande e não, nós não temos a fiscalização 24 sobre 24 horas no terreno.

As vezes as coisas acontecem em horas impróprias. Esta questão de naufrágios, transportes em condições impróprias não é exclusiva daqui em Quelimane, também acontece em Inhassunge de vez em quando, em Chinde e em outras zonas costeiras da nossa Província.

É questão de sensibilização e fiscalização para que este tipo de situações não aconteça.

Sobre porque razão não se afecta uma embarcação naquela travessia, o Governador respondeu que os transportes públicos precisam de empreendimentos próprios onde temos que ter transportes licenciados em segurança para as pessoas utentes cuja preocupação foi de encontrar uma alternativa para as pessoas continuarem a circular enquanto em relação ao que foi feito após o sinistro, a fonte disse que foi feito inquérito para se saber o que aconteceu.

Para a última pergunta do número de óbitos o Chefe do Governo Provincial respondeu que a última informação que teve era de sete pessoas mortas Concluiu Abdul Razak.

Fonte: Ics