
DPASA treina SDAEs e técnicos de planificação no lema ”Moçambique aumento da produção e produtividade rumo à fome zero" na Zambézia

DPASA da Zambézia realiza de 27 a 29 de Dezembro de 2018, uma reunião técnica, no Distrito de Nicoadala em retreinamento de Chefes de Serviços Distritais de Actividades Económicas, SDAEs, supervisores, técnicos de planificação, Administração e Finanças incluindo de pecuária.
Após a sessão de abertura, o Director Provincial disse em coferencia de imprensa que de facto trata-se de uma reunião técnica onde serão discutidos vários aspectos da vida do sector agrário ao nível da Província da Zambézia, a começar pelo balanço da campanha 2017/2018 para ver aquilo que foram os nossos pontos fortes e fracos e que estrategias temos que levar para melhorarmos os nossos desempenhos.
"Teremos também tratar assuntos sensíveis no sector como as questões de planificação em que daremos ênfase ao sistema de avisos prévios, extremamente importante para o sector de agricultura porque permite-nos antever aquilo que é a previsão de chuvas e também prever aquilo que é o cenário em termos de produção agrária ao nível da Província.
Daí que nós pomos ênfase neste sistema para que possamos ter ao longo do tempo, informacoes fiáveis do decurso da produção. Isto é importante também, para harmonizarmos ao nível da Provincia aquilo que são os nossos instrumentos de obtenção das nossas estatísticas para um alinhamento do Distrito, Província assim como Nação.
Também iremos discutir aquilo que são as metodologias de extensão agrária, na transmissão das várias tecnologias que temos no sector agrário para o aumento da produtividade entre os diferentes Distritos, iremos aqui partilhar em termos de experiências, a questão das pragas e doenças como é que estamos preparados para uma eventual eclosao de pragas e doenças.
É uma reunião técnica que vai debruçar-se sobre todos aspectos técnicos durante dois dias de intenso debate ao nível de sala e o terceiro dia reservaremo-lo para discussões ao nível de campo"
Questionado que apoios serão dados aos diversos sectores para melhoria da produção, Jabula respondeu que "estamos a dar vários apoios ao sector familiar, como dissemos na nossa intervenção, o grande desafio do sector agrário é aumento da produção e da produtividade.
Estamos a trabalhar no sentido de expôr ao produtor semente melhorada que é a base primária do aumento da produtividade, também estamos a trabalhar ao nível do sistemas de irrigação, nas mudanças para contrariar os efeitos negativos das mudanças climáticas.
Neste âmbito trabalhamos com regadios em Associações mas por outro lado também para o pequeno produtor, na alocação de cerca de 350 pequenos kites de rega cujas modalidades estão abertas, qualquer produtor é chamado a concorrer, vai ter uma comparticipação de cerca de cinco mil meticais e todos produtores são chamados a concorrerem.
Por outro lado, também estamos a concentrar-nos naquilo que são as escolas porque sabemos que podemos dotá-las em boas práticas, também as crianças podem ser nossos vectores de transmissão, ainda em casa como parte da nossa estação agrária, então, 25 kites serão destinados à produção escolar.
Estamos a dar também o apoio ao sector familiar, na componente de controlo de doenças e pragas, já temos a provisão dos produtos químicos, já distribuimos aos Distritos, temos ainda um remanescente ao nível de Direcção, para o caso da eventual eclosão daquelas pragas obrigatórias.
Estamos a trabalhar com os produtores também para transmitir tecnologias da extensão para que possa melhorar as suas propostas, então, são várias as iniciativas que estamos a fazer com vista a trabalhar para o sector familiar
A nossa produção é maioritariamente do sector familiar e não dos grandes intervenientes portanto o aumento da produção e produtividade só podem ser feitos com o sector familiar, a nossa extensão vai com incidência ao sector familiar.
Em relação a produção de arroz, disse ainda que os produtores estão a merecer maior atenção e em coordenação do iaia em coordenação ao sector de agricultura, estamos a trabalhar também na libertação de mais variedades.
Está em curso agora em processos técnicos e ao nível de campo já produzidas as variedades e uma das expectivas é que as nossas variedades fossem libertas até Março de 2019 porque elas são um apoio muito importante ao campones porque exigem aumento da produtividade mas por outro lado também estamos a trabalhar com alguns produtores modelos.
Ao nível de produtores estamos a montar aquilo que chamamos vitrinas tecnológicas para o aumento da produtividade enquanto eles fazem a sua produtividade, o sector de agricultura, através dos nossos sectores de investigação e extensão, temos pequenas parcelas que poem todas tecnologias em variedades melhoradas e no fim temos a produtividade que os produtores vão ter que adoptar.
Trabalhamos também ao nível dos nossos parceiros que estão a fazer um belíssimo trabalho no aumento da produtividade, nos cinco Distritos onde estão concentrados, Inhassunge, Nicoadala, Namacurra, Mopeia e Distrito de Quelimane.
Sobre se a Agricultura está a contribuir para captação de receitas, Arlindo respondeu que "temos que dizer sim porque a Agricultura ao nível da Província naquilo que é a produção global ronda nos 50 porcento.
Cinquenta porcento da produção da Provícia provem de Agricultura portanto estamos a contribuir para produtividade, daí que nós estamos aqui com o lema "Moçambique aumento da produção e produtividade rumo a fome zero"
Também temos a Segurança Alimentar e para além de estarmos a produzir para a Segurança Alimentar,temos que gerar alguma renda.
Perante a insistência de jornalistas nesta questão, disse ainda que para captação de receitas, temos as culturas de rendimento onde temos a castanha de cajú cuja exportação produz recitas em divisas e uma parte do valor vai para o sector e tivemos boas indicações de captação de recitas no sector do cajú.
Em relação a contribuição dos regadios e a electrificação das zonas onde estes situam-se, a nossa fonte respondeu que o facto de já estarmos a reconstruir os regadios já é uma contribuicao mas também, todos associados estão a ser treinados na gestão dos regadios.
Estes associados estão ligados à produção da semente e o nosso grande desafio são os regadios onde queremos passar de uma para duas safras e já temos exemplos em Namacurra onde um produtor já está a fazer esta produção em duas safras.
Paraticipam nesta reunião para além de Chefes de Departamentos de nível central e da Provincia, Directores Distritais de Actidades Económicas, técnicos supervisores, técnicos de planificação e do sector de pecuária, razão pela qual esta reunião vai ser repartida em duas onde a outra parte estará a discutir aspectos do sector de pecuária.
Apesar da piscultura se desenvolver em locais da produção de arroz que deixaram de o fazer por questões de saluberidade, o seu debate não fará parte deste evento porque a aquacultura está nos Ministérios do Mar Águas Interiores e Pescas incluindo da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural"- concluiu a fonte
Alguns participantes entrevistados, a partir do SDAE de Quelimane, José Tameliua, deixaram claro que o encontro de três dias é ímpar porque na sua óptica, vai trazer debates para progresso do País pelo facto de serem aspectos do plano quinquenal do Governo como dizia o Director Provincial na abertura do evento.
"Vamos debadeter com proatividade, aquilo que será o desenvolvimento de Moçambique, no ano 2019, em todos sectores porque temos défict de criadores e não temos números de efectivos e de quantos criadores de aves ao nivel do Distrito, uma vez que a maior dificuldade do sector agrário é a falta de transporte em primero lugar.
Há SDAEs com dois meios para partihar, isto não ajuda o trabalho da extensao rural".
Para SDAE do Distrito de Alto Molocue, Arsenio Candua, "este encontro é uma oportunidade que vai dar um balanço geral do sector agrário na Província e como participantes provenientes de distritos, a nossa contribuição é maior.
Espero que vamos sair com a produção harmonizada, em relação à produção, na campanha que findou e aumento da mesma, na que está a decorrer.
Olhando na região onde estou a trabalhar, ela está num nível satisfactório, a perspectiva é boa e os produtores também estão todos empenhados na sementeira.
Aqui estamos provenientes de diversos distritos para partilhar as experiências e ver as dificuldades de modo que a campanha que já iniciou tenha uma linha comum, na nossa Província".
O Delegado de Serviços Distritais da Pecuária de Dere, Adolfo Almeida trouxe a superfície que espera boa troca de expêriencias e partilha de dificuldades nesta reunião para encontrar linhas orientadoras de como proceder para em conjunto termos a mesma linguagem e actuação técnica, ao nível das comunidades.
"Que este encontro produza efeitos satisfactórios para melhorar as actividades do Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar e em partcular aos Seviços de Pecuária".
O SDAE de Mopeia, Gito Ernesto José disse que veio fortalecer metodologias e estrategias para que na campanha agrária 2018/2019, possa aumentar os níveis de produtividade, na nossa Província.
Para técnica dos serviços provinciais de Pecuária Anita, a maior dificuldade tem sido o fluxo de iformação porque pela distância, uma e outra coisa, acabam sempre caindo fora.
"Aqui com todos colegas juntos, temos a oportunidade de resgatar aquela informação que sempre cai fora e parecendo que não, faz diferença nos relatórios.
O relatório sai enriquecido e aquelas informações que caiem fora, são actividades de rotina que contam muito para nós no final, como técnicos.
Este encontro ajuda nos a melhorar porque ficamos sabendo como os colegas fazem no Distrito e eles como nós fazemos na Província, o que é necessário melhorar em ambas partes.
Nós saimos a ganhar e eles também porque são as nossas técnicas a serem actualizadas, é a metodologia de trabalho em si que vai ser toda ela globalizada.
É uma oportunidade para podermos melhorar os serviços que oferecemos ao público porque enquanto entram novos colegas que precisam de ter experiência, os antigos actualizam certos aspectos e nos complementamos uns aos outros.
A área da pecuária tem actividades programadas que acontecem calendarizadas, há vacinações trimestrais no tratamentos de animais, muitas vezes não se observam os calendários de sua realização e como resultado, não surtem efeitos desejados.
Pois a forma como se vacina o gado difere de como se vacina a ave e o cão raivoso por exemplo, também o mesmo acontece com os efeitos e as consequências destes medicamentos tal como os sintomas de manifestacao das doenças, se forem mal administrados.
Muitas vezes as populações não colaboram porque não entendem tudo isto mas se pelo contrário explicarmos lhes de modo a perceberem, trazem os animais.
A mensagem que deixo é que haja boas relações entre os técnicos e a população ao longos das campanhas para que as mesmas surtam efeitos desejados nas comunidades".
Fonte: Ics