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Censo Eleitoral na Zambézia: Muita afluência e pouco domínio da tecnologia

Data: 27/03/2018
Censo Eleitoral na Zambézia: Muita afluência e pouco domínio da tecnologia

O ARRANQUE do recenseamento eleitoral nas cidades de Quelimane e Mocuba, na província da Zambézia, está a ser caracterizado por uma forte afluência de cidadãos aos postos e fraco domínio da tecnologia por parte dos agentes do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Numa ronda efectuada a alguns postos de recenseamento em Quelimane, a Reportagem do Notícias constatou que apesar da afluência os técnicos enfrentam dificuldades na digitação de dados e processamento de fotografias.

Os agentes recenseadores ainda não dominam o uso do computador para fazer o registo e impressão de fotografias, fazendo com que os cidadãos permaneçam horas a fio à espera da sua vez. Em média, os brigadistas precisam de meia hora para concluir o registo de um cidadão, facto que contribui para a desistência de outros que se mostram impacientes ou não têm tempo para suportar a demora.

Na Escola Primária Completa de Quelimane, por exemplo, cidadãos entrevistados mostraram-se desapontados com a demora e pedem aos dirigentes do STAE para que, no processo de contratação, priorizarem mão-de-obra com experiência de participação em eleições anteriores. Jaime Moisés disse que os recenseadores ainda não têm o domínio do “mobile”, o que faz que com as pessoas fiquem mais tempo do que o necessário para fazer o seu registo.

Enquanto isso, na Escola Primária Completa 17 de Setembro, arredores da capital provincial, foram recenseados até quinta-feira 250 eleitores. Um facto a registar é que os idosos e deficientes não são priorizados pelos jovens e adultos na fila.

Nélson Chagunda criticou o facto de os recenseadores não se preocuparem com os idosos e deficientes, tratando-lhes como se fossem pessoas normais. Segundo afirmou, os cidadãos que aparecem em massa neste posto são jovens com idades entre 20 e 30 anos.

Nenhum supervisor do STAE aceitou prestar declarações à nossa Reportagem sobre o assunto.

Entretanto, informações de Mocuba dão conta que na quinta-feira os postos de recenseamento não conseguiram dar vazão aos cidadãos que afluíram aos postos para se inscreverem. Os supervisores viram-se obrigados a recorrer à distribuição de senhas para aliviar a situação.