
Culturas de bandeira superam as metas em Alto Molocué

O Director dos Serviços Distritais das Actividades Económicas, SDAE de Alto Molocué, Arsénio Pedro Candua revelou a reportagem do Instituto de Comunicação Social que este distrito situa-se num bom caminho quer nas culturas de bandeira, milho e feijões rigorosamente seleccionadas para a Província da Zambézia como em outras.
Segundo Pedro, relativamente ao milho por exemplo, o distrito planificou 146.746 hectares e alcançou 134.756 toneladas correspondentes a 59 porcento que significa um crescimento em relação a campanha passada onde a colheita foi de 131.409 toneladas portanto cerca de 09 porcento.
Candua exclareceu ainda que tudo indica que a meta planificada será atingida pese embora o feijão esteja na fase de maturação onde a variedade bóer se encontra no campo e neste distrito se faz em duas épocas enquanto o manteiga que se produz em quatro épocas tem sido o ponto forte na segunda época da campanha agrícola na qual se juntam as hortícolas.
A nossa fonte trouxe a superfície e citamos, "Para o caso específico de feijão manteiga, temos já preparados 24.709 hectares equivalentes a 37.429 toneladas das 55.610 toneladas planificadas enquanto que no feijão bóer há expectativa do alcance da meta preconizada esperando-se a sua superação porque conseguimos realizar dos 24.709 hectares 7.709 hectares o que significa que ultrapassamos a meta.
Houve muita aderência das pessoas nesta que também é uma cultura eleita como uma da bandeira, devido aos bons resultados da mesma na campanha passada, sobretudo na sua valorização e esperamos que este cenário se repita.
De forma geral, estamos a cumprir com o nosso plano de produção o qual nesta altura situa-se em 90 porcento.
Entretanto, continuamos com acções da 2ª época de produção de feijão vulgar e áreas da sementeira de hortícolas que estão na fase de colheita para o abastecimento da população de Alto Molocué.
A comercialização já iniciou e nesta altura estamos em 49 porcento, o maior produto comercializado até o momento é o milho em 60 porcento, o que significa que ja comercializamos 36.556 toneladas assim como também iniciamos a do feijão vulgar onde já alcançamos 48 porcento com a comercialização de 19 mil toneladas.
Este dirigente afirma que lamentavelmente este processo de comercialização é caracterizado pelo baixo preço sobretudo na cultura de milho que atingiu 20 Meticais o kilograma na campanha passada e esta sendo comercializado a 0,5 Meticais o kilograma nesta.
De certa forma o facto esta criando decepção no seio dos produtores, como me referi anteriormente, nesta safra houve muita aderência, os produtores responderam positivamente, varias áreas foram abertas, os niveis de precipitação tiveram lugar com sucesso e tudo isto contribuiu para uma produção maior mas infelizmente estamos a verificar que os niveis de preços iniciais que estão sendo praticados pelos intervenientes da comercialização não estão a animar o produtor.
Temos esperança que os mesmos venham subir mas as nossas previsões não vão acima de 10 Meticais nos próximos tempos, uma vez que algum milho encontra-se com grande teor de humidade e alguns dos grandes intervenientes ainda não iniciaram a comercialização. É possível que este milho venha a ser comercializado a preços que não superem os 10 Meticais se calhar mas tudo vai depender da demanda do mercado. O cenário pode vir a mudar se houver maior procura, uma vez que o mercado interno ao nivel de Alto Molocué capitaliza também os mercados da região norte que é a Província de Nampula que também é a maior região onde se cujos mercados houver maior procura, o nosso milho podera vir a ganhar maior valor. Para o efeito, recomendamos que os nossos produtores guardem o milho para servir de competitividade quando os preços vierem a se tornarem melhores.
Também continuamos a comercializar a fruta visto que o distrito é grande produtor da banana, laranja, e o vizinho mercado de Nampula tem se revelado muito promissor para estas culturas, esperamos que esta safra agrícola e nesta campanha de comercialização, os produtores consigam sem grandes problemas ganhar algum dinheiro que possa resolver as suas necessidades básicas.
Os produtores tem questionado na Rádio Moçambique porque é que o Governo não marca os preços do milho que são baixos e nos gostaríamos esclarecer que os preços do mercado são regulados pela oferta e procura, isto é, se a procura de milho for maior ao nível nacional nas outras Províncias, provavelmente em relação aos que estamos a praticar agora podem vir a ser melhores a semelhança dos que foram praticados nas campanhas passadas. Nos continuamos a acompanhar outros mercados da região e de outras Províncias de modo a tentar encontrar o equilíbrio e neste momento, esta sendo difícil na região por causa destes preços que estão sendo praticados em Alto Molocué pelo que o melhor é encontrar métodos de guardar os nossos produtos de modo a comercializa-los nos outros tempos.- enfatizou o timoneiro das Actividade Económicas do Distrito de Alto Molocué
Fonte: Ics