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Governo recolhe redes mosquiteiras à venda no mercado informal

Data: 04/05/2017
Governo recolhe redes mosquiteiras à venda no mercado informal

O GOVERNADOR da Zambézia, Abdul Razak, advertiu que as redes mosquiteiras que forem encontradas à venda no mercado serão recolhidas e os seus vendedores responsabilizados pelas autoridades.

De acordo com o governante, muitas famílias depois de receberem a rede, ao invés de se protegerem, preferem ir vendê-la aos comerciantes. Por isso mesmo, ele desaconselhou os comerciantes a não aderirem à esta prática, porque as redes estão claramente identificadas.

Falando há dias no posto administrativo de Mbauane, distrito de Mulevala, durante a cerimónia do dia de luta contra a malária, Razak disse que as redes que serão distribuídas no contexto da universalização do acesso à rede mosquiteira para a prevenção da malária têm indicações claras e serão entregues gratuitamente, sendo, por isso, fácil de encontrá-las em caso de desvio.

O governador disse, na ocasião, que serão distribuídas mais de 3200 mil redes no contexto da campanha universal do acesso à rede mosquiteira. Explicou que cada duas pessoas da mesma família vão receber uma rede, mas se elas forem utilizadas para a pesca ou agricultura, não só os esforços para combater a malária serão infrutíferos, como também as redes finas poderão exterminar o peixe em crescimento.

Entretanto, setenta e nove pessoas morreram no primeiro trimestre deste ano na Zambézia, vítimas da malária de um total de 352.439 casos diagnosticados pelas autoridades sanitárias. Este número representa uma redução de cinquenta e duas mortes, quando comparadas com igual período do ano passado, em que os óbitos devido à doença tinham atingido os 131 de um total 263.551 casos.

Apesar da redução de casos e de óbitos, as autoridades sanitárias descrevem a situação da malária de muito preocupante, sendo, por isso, que continuam a intensificar os apelos às comunidades para melhorarem as medidas de higiene e correcta utilização das redes.

O chefe da repartição da Saúde Pública na direcção provincial de Saúde, Filipe Vicente, disse esta semana, a propósito do Dia Mundial de Combate à Malária, cuja cerimónia central a nível da Zambézia teve lugar no posto administrativo de Mbauane, no distrito de Mulevala, que a malária é a responsável pelo absentismo laboral e escolar, bem como pela ocupação de setenta por cento de camas nas unidades sanitárias.

Falando para mais de seis centenas de pessoas que estiveram presentes na cerimónia, Filipe Vicente afirmou que se houver um compromisso sério das comunidades, lideranças e o Governo será possível reduzir drasticamente a malária através de limpeza dos pátios, utilização correcta de redes mosquiteiras, melhoria das condições ambientais nos bairros e centros urbanos.

Aquele médico, que falava em representação do director provincial de Saúde da Zambézia, afirmou que o Governo tem vindo a distribuir redes mosquiteiras às mulheres grávidas, reforço das mensagens para o seu correcto uso, entre outras medidas.

 Paralelamente a estas medidas, segundo ainda Filipe Vicente, decorre a campanha de pulverização nas casas. Porém, advertiu que todo esse investimento não poderá produzir resultado se não houver um envolvimento das comunidades em medidas de profilaxia. Para ele, o 25 de Abril deve ser um momento de reflexão para cada cidadão sobre o que tem feito a nível individual, da família, da comunidade para combater a malária.