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Madeireiros da Zambézia e Sofala respondem em juízo

Data: 25/08/2017
Madeireiros da Zambézia e Sofala respondem em juízo

Pelo menos 35 processos relacionados com exploração ilegal de recursos florestais estão a ser tramitados pelas Procuradorias Provinciais de Sofala e Zambézia, no centro de Moçambique, devendo os autores ser levados brevemente a julgamento.

As províncias de Sofala e Zambézia são as regiões do país onde o fenómeno de exploração ilegal da madeira ocorre com particular intensidade. 

Segundo informações avançadas ao “Notícias” pela Procuradoria-Geral da República, PGR, só no primeiro semestre deste ano foram registados em Sofala 29 processos ligados à exploração ilegal de recursos florestais. Porque oito deles resultam da “Operação Tronco”, os mesmos acabaram sendo autuados como processos-crime, uma vez que se trata de casos de transgressão. 
Quanto à província da Zambézia, de Janeiro a Julho último, a Procuradoria tramitou seis processos de exploração ilegal de recursos florestais. Destes, quatro processos foram acusados e os restantes encontram-se em instrução preparatória. 

Em igual período do ano passado, a Procuradoria Provincial da Zambézia tramitou seis processos da mesma natureza.

No âmbito da “Operação Tronco”, e por haver suspeita de branqueamento de capitais, a PGR está a investigar algumas empresas de exploração de madeira. 

Os processos abertos contra as empresas de exploração florestal derivam de uma informação compartilhada pela PGR e alguns bancos, que se queixaram de estar a ocorrer transacções suspeitas. 

Alguns dos processos coincidem com os que a Direcção Nacional de Florestas remeteu à PGR para investigação. Em muitos deles foram constatadas transacções suspeitas de branqueamento de capitais por parte dos madeireiros, facto que está a ser aclarado pelos investigadores.

Relacionados com a “Operação Tronco”, a Direcção Nacional de Florestas remeteu à PGR um total de 45 processos para investigação, sendo autos das províncias centrais de Sofala, Tete, Manica e Zambézia e nortenhas de Nampula e Cabo Delgado.

Fonte: (RM-JN)