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Oficializada extensão da linha férrea de macuse

Data: 27/11/2017
Oficializada extensão da linha férrea de macuse

O traçado da linha férrea que vai ligar as províncias de Tete e Zambézia vai ter mais 120 quilómetros, na sequência de uma adenda do contrato inicial, assinado na última sexta-feira, pelo Governo e Thai Mozambique Logistic.

O traçado inicial da infra-estrutura ferroviária cobria uma distância de 500 quilómetros entre Moatize e Macuse, mas, para acomodar o interesse das empresas mineradoras que operam no interior da província de Tete, foi acordada que a mesma deve ter uma extensão de mais 120 quilómetros, cobrindo Chitima e Macuse.

Este projecto inclui a construção de um porto de águas profundas na região de Macuse, na Zambézia, de onde serão exportados os minérios e outros produtos da região centro e não só.

A adenda do acordo para a construção da linha férrea de 620 quilómetros entre Chitima e Macuse foi rubricado pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, e pelo presidente do conselho executivo da Thai Mozambique Logistic, José Fonseca, na presença de membros do governo provincial da Zambézia, empresários e membros da sociedade civil.

Intervindo após a assinatura do acordo, Carlos Mesquita disse que as obras de construção da linha férrea iniciam no segundo semestre do ano 2019, podendo criar mais de vinte mil postos de trabalho, dos quais mil qualificados.

A linha férrea Chitima-Macuse vai viabilizar a construção do porto de águas profundas, um projecto âncora que vai alavancar a economia da província da Zambézia e relançar o Corredor de Desenvolvimento da Zambézia, ligando esta província aos países do Interland.

Carlos Mesquita disse que a linha férrea e o porto de águas profundas de Macuse vão criar valor acrescentado à economia da província da Zambézia de forma particular, e do país em geral, cabendo aos empresários nacionais tirar maior proveito, construindo armazéns transitórios e prestação de uma multiplicidade de serviços.

Por seu turno, João Fonseca afirmou que a empresa que dirige está ansiosa em iniciar os trabalhos e o atraso no arranque das obras se deve à necessidade de alcançar consensos sobres aspectos técnicos e administrativos que imperam o projecto.

Pediu à população para colaborar no projecto, uma vez que o benefício é de todos os cidadãos nacionais.

O governador da Zambézia, Abdul Razak, pediu à população para gerir expectativas, porquanto apenas aconteceu na sexta-feira a assinatura da adenda do contrato, o que não significa que as obras que vão dar emprego às pessoas comecem imediatamente.

A linha férrea Chitima-Macuse e o porto de águas profundas estão avaliados em 2.700 milhões de dólares norte-americanos.

Fonte (RM-JN)