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Zambézia prevê construir mais cinco unidades sanitárias para aproximar serviços às comunidades

Data: 25/04/2017
Zambézia prevê construir mais cinco unidades sanitárias para aproximar serviços às comunidades

O acesso a serviços de maternidade na província da Zambézia continua um desafio para as populações que vivem nas zonas recônditas. Muitas parturientes são obrigadas a percorrer longas distâncias para aceder a unidades sanitárias que oferecem estes serviços.

O director provincial da Saúde na Zambézia diz que o sector tem consciência do sofrimento enfrentado por muitas mulheres e anunciou que a aposta é colocar serviços sanitários cada vez mais próximos das comunidades. Hidayat Kassim referiu que o sector da saúde já lançou um concurso público para construção de mais cinco unidades sanitárias, nos distritos de Morrumbala, Milange, Mulombo, Luabo e Derre.

Entretanto, apesar de o orçamento para a construção das unidades hospitalares ter sido aprovado, as obras ainda não iniciaram, pois o dinheiro ainda não está disponível.

Ainda nas acções de melhoria do acesso à saúde, o governo do Canadá acaba de investir na ampliação e reabilitação da maternidade do hospital rural de Mocuba. A unidade passou de 30 para 45 camas, após um investimento de 18 milhões de meticais. O valor serviu, também, para apetrechar a maternidade com quatro incubadoras para recém-nascidos doentes e aparelhos de ecografia.

Além de servir Mocuba, a maternidade vai igualmente beneficiar os distritos de Pebane, Maganja da Costa, Mocubela e Ile. Trata-se de distritos que não dispõem de serviços para assistir mulheres com complicações de parto ou pós-parto. “No ano passado, conseguimos ter oito novas unidades sanitárias. Isso permitiu reduzir de 14 para 12.8 quilómetros as distâncias que percorrem para aceder a serviços sanitários”, disse o director provincial da Saúde, na Zambézia, a segunda província mais populosa do país, depois de Nampula.

Além da fraca rede sanitária, metade da população da Zambézia está a consumir água imprópria. Dados do governo provincial indicam que 49 por cento dos 4.5 milhões de habitantes usam água imprópria para consumo humano. Nas zonas urbanas, com destaque para a capital, Quelimane, o abastecimento de água potável abrange 55 por cento dos residentes. O director provincial das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos diz que o défice de água potável deverá reduzir, este ano, com a construção de seis sistemas de abastecimento, em igual número de sedes distritais e postos administrativos. As obras estão orçadas em 350 milhões de meticais, valor financiado pelo governo e seus parceiros.