Clima e Hidrografia

Data: 08/11/2019

O clima do distrito é do tipo húmido, mesotérmico moderado com deficiência de água no inverno. A precipitação média anual é cerca de 1.995,7 mm, tendo como referência a estação climática de Gurué (ex. Vila Junqueiro), e de 1.030,2 mm no Posto Administrativo de Lioma.

A região representada pela estação climática de Gurué apresenta um período de crescimento do tipo normal com período seco de cerca de 67 dias e 186 dias húmidos. O período chuvoso tem o seu início nos finais do mês de Outubro, estendendo-se até Julho/Agosto do ano seguinte. As precipitações mais baixas ocorrem no mês de Setembro. 

A evapotranspiração média anual é de 1.226,7 mm, sendo superior à precipitação nos meses de Maio a Outubro. A temperatura média anual é de 21.9ºC sendo a mais alta no mês de Novembro (32.5ºC) e a mais baixa no mês de Julho (12.3ºC). A região representada pela estação climática do Posto Administrativo de Lioma é caracterizada pela ocorrência de um período de crescimento do tipo normal com período seco de cerca de 192 dias, mais prolongado em relação aquela de Gurué, e 119 dias húmidos.

As chuvas têm o seu início em Novembro e terminam no mês de Abril do ano seguinte. As precipitações mais baixas ocorrem no mês de Agosto. A evapotranspiração média anual é de 1.337,6 mm, portanto superior à de Gurué, e excede a precipitação nos meses de Abril a Novembro.

A temperatura média anual é de 22.7ºC sendo a mais alta no mês de Outubro (32.5ºC) e a mais baixa no mês de Julho (13.6ºC). As duas estações climáticas são caracterizadas pela ocorrência de apenas um único período de crescimento que em termos de produção agrícola de sequeiro significa a possibilidade de se colher apenas uma única vez por ano. 

O Distrito de Gurué é dominado pelas formações da zona planáltica cuja altitude varia entre 500 a 1000 m, e da zona montanhosa, mais de acordo com a alta Zambézia.   Esta região abrange áreas que se apresentam com grandes maciços montanhosos separados por áreas pene planálticas mais ou menos acidentadas o que torna difícil a ocorrência de grandes extensões planas ou quase planas. Nesta região ocorrem numerosos cursos de água, mais de acordo com a fisiografia e irregularidade topográfica e resultado da pluviosidade relativamente elevada que é característica da região. 

As principais unidades de solos que se encontram nestes distritos, com base na carta nacional de solos (INIA, 1995), são as VM, I e KM ambas da mesma unidade geomorfológica. A unidade de solos VM, é caracterizada por apresentar solos vermelhos a castanho avermelhados de textura franco-argilo-arenosa, profundos, bem drenados e de fertilidade natural baixa e risco moderado de erosão. A unidade de solos I é caracterizada pela ocorrência de solos líticos castanhos, de textura franco-arenosa, pouco profundos, excessivamente drenados e baixa fertilidade natural sendo a profundidade e risco de erosão as principais limitações para agricultura. A unidade KM é caracterizada por solos castanhos, profundos de textura franco-argilo-arenosa, moderadamente drenados e o risco moderado de erosão e condições de germinação são as principais limitações para agricultura.