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Governo organiza fórum para alavancar comercialização agrícola

Data: 22/03/2017
Governo organiza fórum para alavancar comercialização agrícola

Será realizado, no dia 24 de Março, o primeiro Fórum Nacional de Comercialização Agrícola, que visa promover a venda do excedente da produção dos camponeses. O evento vai acontecer no distrito de Mocuba, localizado na província da Zambézia, onde será lançada a campanha nacional de comercialização agrícola.

Trata-se de uma iniciativa do Governo executada pelo Ministério da Indústria e Comércio (MIC). Caberá ao Presidente da República, Filipe Nyusi, dirigir os debates do fórum com o objectivo de encontrar soluções para a venda de excedentes, assegura a directora Nacional do Comércio Interno, Zulmira Macamo.

O fórum acontece depois da redução significativa da produção registada em 2016 devido à seca e enxurradas que assolaram o país. Este ano prevê-se que o excedente de cereais atinja 3.3 milhões de toneladas e de hortícolas, cerca de 500 mil toneladas. Prevê-se ainda que esta produção seja vendida.

Falando ontem a jornalistas, Zulmira Macamo informou igualmente que já foram identificadas as províncias com maior excedente agrícola e o Governo comprometeu-se a reabilitar alguns troços de estradas em Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala, Manica e Tete para facilitar o escoamento de produtos agrícolas.

“Estamos a trabalhar em conjunto com o Ministério das Obras Públicas que é para ver que tipo de acções podem ser desenvolvidas para permitir que haja escoamento desses produtos”, avançou a directora Nacional do Comércio Interno.

Nas zonas onde não há compradores privados dos excedentes, o Instituto de Cereais de Moçambique poderá comprar a produção para posterior venda, através da Bolsa de Mercadorias de Moçambique. Espera-se que cerca de 400 pessoas participem nas discussões.

Vários intervenientes da cadeia de valor da comercialização agrícola vão participar nos debates, entre eles, os agricultores, operadores da indústria de agro-processamento, as empresas de distribuição alimentar e retalhistas, bem como, bancos que podem financiar a actividade agrária.